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Muito Além do Rubor: O Blush e Seus Significados na História

  • Foto do escritor: Mariah Bezz
    Mariah Bezz
  • 25 de mai.
  • 3 min de leitura

Origem e Antiguidade


Vamos mergulhar em mais uma história do mundo da maquiagem?! Hoje, vou falar sobre o famoso blush!


Ele existe desde o Egito Antigo, por volta de 3.000 a.C. Isso mesmo… os egípcios, mais uma vez, no início de tudo! Usavam pigmentos naturais, como o ocre vermelho, para colorir as bochechas. A ideia era imitar o rubor natural, o que dava aparência de vitalidade, juventude e saúde. Cleópatra, inclusive, teria usado blush em seus rituais de beleza.


Na Grécia e Roma Antigas, o blush também era comum — feito com ingredientes como frutas esmagadas, raízes e extratos naturais. Era um sinal de classe social elevada, pois mostrava que a pessoa não estava doente nem pálida (como quem trabalhava sob o sol o dia todo).


Na França do século XVIII, durante o reinado de Luís XV, o blush virou febre na corte. Era usado tanto por homens quanto por mulheres — geralmente em tons bem marcantes, aplicados em círculos definidos. Isso simbolizava riqueza, já que apenas quem não precisava trabalhar (e se expor ao sol) podia manter a pele clara e investir em maquiagem elaborada.



Século XX


Com a indústria cosmética moderna e o surgimento de marcas como Max Factor e Revlon, o blush começou a ser produzido em larga escala, com fórmulas mais seguras e pigmentações mais suaves. Passou a ser visto como parte essencial da maquiagem cotidiana, usado para dar frescor e esculpir o rosto.


Em resumo, o objetivo do blush sempre foi simular um ar saudável e atraente, indicando que a pessoa estava:

•⁠ ⁠Bem alimentada

•⁠ ⁠Jovem

•⁠ ⁠Animada

•⁠ ⁠Fértil (em contextos históricos, isso era valorizado)



Curiosidades & Mitos


Trago aqui algumas curiosidades que, mesmo conhecidas por muitos, nas minhas pesquisas me arrancaram boas risadas.


Na Idade Média, o blush chegou a ser malvisto, por estar associado à vaidade e ao pecado. Em contrapartida, na era Vitoriana, mulheres beliscavam as próprias bochechas para conseguir o efeito corado sem recorrer aos “pecaminosos” cosméticos. Isso porque havia uma crença — hoje entendida como simbólica e cultural — de que uma mulher com as bochechas coradas parecia ter acabado de ter um orgasmo, o que indicava vitalidade sexual e fertilidade.


Historicamente, o rubor facial sempre esteve ligado à excitação, desejo e fertilidade. Há registros de pensadores, artistas e até médicos antigos que associavam o blush natural (ou o cosmético que o imitava) ao estado pós-orgásmico.


A ciência da época era limitada, mas muitos acreditavam que o aumento da circulação no rosto durante o sexo ou a excitação era um “sinal biológico de fertilidade”. Então, mulheres com esse rubor constante (natural ou maquiado) pareciam mais férteis — e, por isso, mais desejáveis.


Com isso, o blush artificial era usado propositalmente por cortesãs, musas e figuras da elite para simular essa aparência pós-sexo — o que era interpretado como sedução refinada, ou até um disfarce do desejo.


Mito — Na China Antiga, acreditava-se que o blush (feito de cinábrio e outras misturas) também servia como proteção espiritual, afastando maus espíritos.

Curiosidade — Nos primórdios do cinema, as atrizes de filmes mudos abusavam do blush para não “desaparecer” nas câmeras em preto e branco.



Ou seja: o blush nasceu para simular vida e saúde — mas, ao longo da história, também representou poder, status, desejo e até proteção espiritual.


Espero que tenha gostado de mais uma história e curiosidade sobre maquiagem aqui no blog.

Até a próxima!


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